quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Descomplicando a relação ciência-espiritismo

Há quem estabeleça explicações complicadissimas, com termos da ciência material, ou convencional, para tentar demonstrar que as coisas do espírito existem e para chegar às leis que governam o mundo espiritual.

Na nossa limitada compreensão, o que nós espíritas necessitamos, no âmbito da ciência convencional,  não é de dizer ou escrever palavras caras ou cientificas, mas da confirmação da maioria da comunidade cientifica, de que há fenómenos espirituais, que, não só ocorrem, mas que não têm uma explicação cientifica alternativa.

Sem esta base de trabalho, não podemos esperar nem dizer a ninguém, com verdade, que a ciência convencional explica o espiritismo, como é comum ouvirmos dizer.
Allan Kardec era um homem com uma mentalidade cientifica. E tentou abordar as questões de acordo com essa forma de ver o mundo. Sendo ele mesmo um académico, nem seria de esperar outra coisa.  Contudo as investigações dele já datam de há mais de 150 anos.

Entretanto a ciência evoluiu muito. No século XXI os meios de investigação são muito mais poderosos do que século XIX. É necessário estudar os fenómenos com base numa metodologia semelhante á de Kardec, mas com base nos conhecimentos e meios científicos actuais.  

De que serve dizer aos cientistas que este ou aquele espírito disse, por intermédio de médiuns, isto ou aquilo? Primeiro é preciso mostrar que a comunicabilidade dos espiritos é um fenómeno efectivo e não é invenção  ou ilusão dos que se dizem médiuns.

Assim, enquanto espiritos de ordem superior à nossa não resolverem que vão convencer a comunidade cientifica a virar-se para seriamente para a investigação das coisas do espírito, de alguma forma (que nós nem imaginamos qual será), parece-nos que a postura mais correcta, para nós espíritas, é dizer: a ciência convencional não confirma nem desmente as coisas do espírito. Pura e simplesmente não as estuda. As evidências dos espíritas residem na comunicabilidade e nas comunicações dos espiritos através de médiuns, nada estando confirmado pela ciência convencional.

Mas será que o ateísmo é, então, a postura da ciência? 

- A resposta é clara: Não! 

A ciência só tem posição sobre aquilo que estuda, podendo tirar uma de três conclusões sobre os factos que observa:

- A ciência convencional explica o facto, ou
- A ciência convencional não explica, ou ainda não explica o facto, ou
- A ciência ainda não estudou o assunto.
Em relação às coisas do espírito, a postura da ciência não é, certamente a primeira possibilidade. Os cientistas baseiam-se em provas cientificas e não em palpites, seja de quem for. 

O ateísmo e o materialismo ( a palavra materialismo, neste contexto, significa: a postura de quem não acredita na possibilidade de existir algo mais do que a matéria), são, contudo, menos lógicos do que o espiritualismo, na medida em a ciência afirma que o universo foi criado, avançando estimativas para a idade e dimensão do mesmo.

A criação é algo que a humanidade ainda não compreende, sendo a inteligência das mentes mais brilhantes completamente incapaz de criar um universo assim. Tomara à humanidade compreender o universo, quanto mais criá-lo.

Aqueles que defendem que a criação é uma combinação fortuita de partículas materiais, acreditam de que, de nada, pode sair alguma coisa. Se o universo foi criado, é porque não existia antes ,  tal como a ciência admite. É muito mais credível do que pensar que há uma Inteligência Suprema, Causa Primeira de todas as coisas e chamar a essa  inteligência Suprema "Deus", "Alá", ou outro nome qualquer, pois o nome pouco importa.

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