quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ao contrário do Robin dos Bosques

Já há muito tempo que o povo português, em conjunto, está a ser mal tratado pelos governantes. Mas quem os escolheu, em eleições imparciais, foi o povo. Quem assim fez não tem de se queixar das suas próprias decisões. Quem não votou neles, deve respeitar as regras da democracia, se a quer manter (e se é que ela ainda existe...).

Mas isso não dá o direito ao governo de tratar de forma injusta e cruel aqueles que mais precisam da protecção da sociedade, e, paralelamente, a dar grandes privilégios aos que não necessitam de privilégios, pois são poderosos e têm acesso aos melhores advogados da praça.

Exigir o sacrifício da saúde e/ou a fazer passar fome aos mais necessitados, para dar aos mais ricos e/ou gastar em futilidades dispensáveis não é apenas falta de caridade, é um crime de excesso de confiança e a apropriação ilegítima do poder do povo, em beneficio dos futuros patrões (as grandes empresas que empregam os políticos) e dos amigalhaços.

Apropriar-se de fundos das segurança social , que são de quem para eles descontou, é um roubo muito grave.

Espero que o meu povo aprenda a deixar de ser manipulado pela comunicação social, que quer é discórdia, para vender mais, e que deixe de ser tão egoísta, unindo-se pacificamente, em torno dos seus próprios interesses, sem se deixar dividir por partidarismos.

E espero, também, que não passemos a ser um povo violento, como vemos em outros países, a estragar e a vandalizar automóveis, lojas e tudo o que aparece pela frente, a matar policias e civis, etc.. A voz da brutidade é a voz dos brutos. Quem não quer ser lobo, que não lhe vista a pele.

As palavras de Jesus: amai-vos uns aos outros, apontam para a união. A união faz a força e apela ao interesse comum, enquanto as divisões partidárias servem outros interesses que não os do povo. Não continuemos a dar "pérolas a porcos". Os partidos têm que existir, mas para servir o povo, e não o oposto.

A quem ler isto, eu peço que divulgue a mensagem de união pacifica, este apelo à lucidez das massas, compreendendo que a divisão serve os seus interesses e o interesse dos seus filhos e netos. Este apelo pode ser ingénuo, da minha parte, mas é a minha obrigação espirita. Não nos podemos conformar, em caso algum, com o ataque aos parcos bens e direitos dos mais desfavorecidos da sociedade.

A democracia portuguesa está ferida de morte. A lei, em Portugal, é roubar aos pobres para dar aos ricos. Pergunto quem simpatizaria com o Robin dos Bosques, se a história fosse ao contrário?

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