Eu navegava hoje na Internet quando descobri um artigo que mencionava um nome que marcou a minha adolescência e, quem sabe, toda a minha vida. Efectivamente o Dr. Raymond Mood, Jr., escreveu um livro, com o titulo “Vida depois da vida” que relatava o que hoje chamamos de Experiências de Quase Morte (EQM). Foi publicado pela primeira vez em 1975. Tratava-se de relatos de vários pacientes que descreveram uma experiência consciente na fase em que estavam em paragem cardíaca, o que é comum nos dias de hoje, face às técnicas de reanimação.
As experiências não eram todas iguais, mas a maioria dessas pessoas dizia que tinha saído do corpo e que conseguia ver o mesmo, de cima, como se o estivessem a sobrevoar. Viam os médicos e os enfermeiros, de volta do seu corpo e, alguns, registaram ocorrências havidas na sala de operações, que os médicos e enfermeiros confirmaram. Outros referiam-se a viagens fora do corpo em que podiam ver familiares, com quem mais tarde confirmaram que estavam nos locais descritos, naquela hora.Parte das experiências incluíam momentos em que viram a sua vida na Terra em retrospectiva, como se de um filme se tratasse. Curiosamente, no livro “O céu e o inferno”, de Allan Kardec, há um capitulo em que são apresentados relatos da fase do desencarne, de alguns espíritos, em situações diversas. E é também referida esta visão retrospectiva da vida, em alguns casos.
As pessoas referiam-se também a uma transição, dando como analogia a passagem por um túnel. Depois do túnel alguns encontravam seres de luz, que com eles comunicavam, através do pensamento.
Em regra, as pessoas descreveram uma sensação de calma e de alegria. Alguns queriam ficar por lá, mas os seus corpos reanimaram e eles voltaram aos mesmos. Isto sugere que, em regra, a morte do corpo pode ser um alivio para o espírito, tal como é ensinado em “O livro dos espíritos” de Allan kardec.
Em 1975 o assunto era tabu. Ainda hoje o é, para alguns, mas hoje os media já vão divulgando muitas coisas sobre a espiritualidade. Para além de que nós nem sabíamos o que queria dizer “Internet”, nessa época. Este instrumento de comunicação tem um peso muito grande e é o meio mais adequado para abordar estes assuntos. Talvez a doutrina espirita aguardasse este meio para se expandir definitivamente.
As EQM têm interessado muitas pessoas, entre as quais o médico e cientista holandês, Pim van Lommel. Em 1988 conduziu um estudo, que incluía 344 pacientes que sobreviveram a paragens cardíacas, com o objectivo de determinar a frequência, as causas e a descrição da EQM
Os resultados foram publicados no n.º 358, páginas 2039 a 2045, do ano de 2001, do jornal cientifico “The Lancet”: clique aqui para ver
Em resumo:
62 pacientes relataram uma experiência de quase morte (EQM). 41 delas de uma forma clara e 17 de uma forma mais superficial.
As pessoas que têm este tipo de experiência, normalmente deixa de ter medo da morte, ficam mais calmas e pacificas. Passam a ver a vida de uma nova forma.
As explicações cientificas, ao nível da biologia não existem. Foram avançadas várias hipóteses, mas nenhuma justifica estas experiências tão intensas num período em que o electroencefalograma das pessoas deixa de registar qualquer actividade cerebral e é uma linha recta.
Deixamos, por fim, alguns relatos, em vídeo, na primeira pessoa
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