terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Má Despesa Pública: Sabe onde pode ganhar mais de 72 mil euros anuais?...

A minha preocupação não é o custo da equipa que nos governa, embora devam existir limites à mesma, óbviamente. O que interessa é se o serviço que essa equipa presta vale o dinheiro que custa. Se o Estado e as empresas portuguesas se preocupassem mais com a relação beneficio/ custo, decerto que Portugal estaria melhor. E o que interessa não é saber se o assessor é amigo ou não, mas se o seu trabalho vale o que ganha.

domingo, 15 de maio de 2011

Fenómeno de Fátima - Portugal

Milhares de pessoas se deslocam a Fátima - Portugal, todo o ano, mas em especial em 13 de Maio, porque consideram que no local onde foi construído o Santuário, apareceu em 1917 o Espírito de Maria de Nazaré, mãe carnal de Jesus, a três meninos pastores. Chamam ao fenómeno um milagre.
Concordo com o ponto de vista de Allan Kardec, que escreveu que, milagres, no sentido de excepções especiais às leis da natureza, são pouco ou nada prováveis. Com efeito, sendo Deus perfeito, não se engana, não precisando de derrogar as leis naturais que Ele mesmo determinou que o universo deveria respeitar. Contudo, ninguém pode falar por Deus, nem ninguém na Terra pode dizer que conhece os desígnios do Criador.
O que mais provavelmente pode ter ocorrido em Fátima foram fenómenos que a ciência não investigou, ou investigou e não conseguiu explicar, no âmbito dos conhecimentos científicos. Mas isso não quer dizer que se trate de fenómenos sobrenaturais ou milagres. Há muitos fenómenos naturais que a ciência ainda não explica.
À luz das investigações de Allan Kardec, escritas nos seus livros, a aparição de um espírito é um fenómeno natural, que pode ocorrer na presença de médiuns. No caso do médium vidente apenas o mesmo veria o espírito, no caso do médium de efeitos físicos, o espírito podia aparecer a várias pessoas e até tornar-se provisoriamente palpável. Para a doutrina espirita, a aparição de um Espírito aos meninos pastores seria possível e trata-se de um fenómeno natural, embora a ciência não o admita, porque ainda não o estudou com a atenção e os meios devidos. Quanto aos outros fenómenos que dizem lá ter ocorrido, não acredito obviamente que o Sol se tenha movimentado, porque isso levaria, provavelmente, a tremendos abalos sísmicos na Terra, por acção gravítica. O que os pessoas viram impressionou-as, mas tratou-se de um fenómeno atmosférico local conjugado com o facto de as pessoas estarem a olhar demasiado para o Sol, que gerou, talvez, ilusões de óptica ou outros fenómenos materiais explicáveis. Se fosse hoje, teríamos, talvez, registos mais exactos.
De qualquer forma, admitindo que apareceu ali um Espírito, o que não me parece convincente é que se tivesse tratado de Maria de Nazaré, mãe de Jesus. Tendo Maria sido escolhida para tão importante missão aqui na Terra, como a de carregar no seu ventre e cuidar da infância do mais importante Mestre e Guia da humanidade que pisou este planeta, espera-se dela uma grande elevação moral, e, por consequência, uma mensagem condizente com tal elevação e coerente com as palavras de Jesus.
A não ser que a mensagem original tenha sido deturpada, o que é uma possibilidade a ter em conta, o que o site do Vaticano nos apresenta:
Citação de Lúcia:
A primeira foi pois a vista do inferno!
Nossa Senhora mostrou-nos um grande mar de fôgo que parcia estar debaixo da terra. Mergulhados em êsse fôgo os demónios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras, ou bronziadas com forma humana, que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que d'elas mesmas saiam, juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faulhas em os grandes incêndios sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dôr e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor. Os demónios destinguiam-se por formas horríveis e ascrosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes e negros. Esta vista foi um momento, e graças à nossa bôa Mãe do Céu; que antes nos tinha prevenido com a promeça de nos levar para o Céu (na primeira aparição) se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor. Em seguida, levantámos os olhos para Nossa Senhora que nos disse com bondade e tristeza:
Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores, para as salvar, Deus quer establecer no mundo a devoção a meu Imaculado Coração. Se fizerem o que eu disser salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra peor. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sufrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será consedido ao mundo algum tempo de paz.
Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fôgo em a mão esquerda; ao centilar, despedia chamas que parecia iam encendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n'uma luz emensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Varios outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dôr e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de juelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam varios tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, n'êles recolhiam o sangue dos Martires e com êle regavam as almas que se aproximavam de Deus.

Depois de ler esta mensagem, perdoem-me os devotos de Fátima, que muito respeito, mas não consigo acreditar que se trate de uma mensagem com a elevação moral e intelectual que se possa atribuir a uma entidade de nome tão respeitável como Maria de Nazaré. O próprio Jesus nos ensinou qual o critério para averiguar racionalmente da veracidade da palavra: as árvores avaliam-se pelos seus frutos. Esta mensagem é um fruto que não é compatível com a "árvore" de que as pessoas alegam ter saído. Atribuir esta mensagem a Maria, na minha opinião, é diminuir a imagem da mãe terrena de Jesus.

Quanto às promessas que as pessoas fazem a Maria de Nazaré, em troca de um favor que, alegam lhes foi concedido por intercessão daquela que foi mãe de Jesus aqui na Terra, cada um tem as suas crenças e o direito de as manifestar da forma que bem entender. Não é a essa a minha forma de pensar, mas isso não interessa, para o caso.

O que estou certo, baseado nos Evangelhos, é que a forma de retribuir um favor concedido, que será agradável a Deus, a Jesus e a Maria de Nazaré, será, primeiro que tudo, conciliar-se com as pessoas com quem possam estar em conflito, pedir perdão e perdoar as ofensas que possam ter existido; em segundo lugar fazer o bem ao próximo, concedendo-lhe favores, em nome de Maria de Nazaré. Esse "milagre", "o milagre do amor" está ao alcance de todos. A auto-flagelação, queimar velas, levar dinheiro ao Santuário, fazer enormes caminhadas a pé, são opções legitimas das pessoas, mas que nada ajudam o próximo. Jesus ensinou a amar o próximo mais do que a nós mesmos. Francisco de Assis, deixou-nos uma bela prece, que nos inspira nesse sentido, com que terminamos.

Oração da paz - Oração de S. Francisco de Assis

Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

domingo, 17 de abril de 2011

O médium João de Deus, Abadania - Brasil

Vejam este vídeo com atenção:


Quando vejo estes relatos, eu fico sempre de pé atrás. Todos temos consciência de que a perspectiva de cura mexe fortemente com as pessoas, sobretudo com os casos mais desesperados de doença. Facilmente se propiciam condições para obter grandes lucros financeiros. Muito dinheiro e credibilidade, no que diz respeito à espiritualidade, são condições, em regra, incompatíveis. No entanto a reportagem refere com clareza que o Sr. João de Deus não leva dinheiro, esclarecendo que não é ele que cura.

Tomando como certa essa informação, trata-se de um caso que deve merecer o estudo sério, por parte da ciência. Era importante registar os resultados de exames médicos que documentassem previamente as doenças das pessoas e posteriormente a inexistência da doença.  E só assim se poderá confirmar ou desmentir que as curas efectivamente se dão.  

De acordo com os ensinamentos da doutrina espirita não existem milagres. O que se passa ali é uma intervenção natural de espíritos desencarnados, através do médium João de Deus e de outros médiuns que eventualmente lá se possam encontrar a colaborar. Para que os espíritos possam intervir, necessitam de misturar a sua acção à acção de médiuns de efeitos físicos e/ou curadores.

O objectivo deste tipo de fenómenos, tanto quanto sei,  não é estabelecer um serviço de saúde do além, em alternativa aos serviços de saúde comuns, mas lançar a dúvida que motiva a busca espiritual. Jesus de Nazaré e os seus apóstolos, para além de muitos outros espíritos que reencarnaram na Terra, usavam os mesmos métodos, para chamar a atenção do povo para as coisas do espírito. Trata-se de leis naturais, que a ciência ainda não conhece, e, por isso, não explica.

Mas continuemos a ver os videos:


Neste segundo vídeo, ao que parece, Susan Casey, a jornalista parece ter passado por um fenómeno de emancipação da alma. Num estado alterado de consciência, ela viu-se como nos acontece  a todos durante a noite: como se fosse um espírito desencarnado. Através do relaxamento, o corpo de carne de Susan  ficou suficientemente entorpecido para que ela deixasse de captar o meio ambiente externo pelos cinco sentidos  físicos, tendo passado a percepcionar a realidade através da alma. Foi-lhe possível a comunicação com a alma do próprio pai, que aproveitou para a tranquilizar. Este tipo de ocorrência faz parte dos fenómenos estudados pelo espiritismo, como podemos ver, por exemplo, no Livro dos Espiritos, de Allan Kardec.
Não se trata de energias abstractas, superstições ou milagres. É algo de concreto. Cada um de nós é  um espírito imortal, com individualidade própria, que está associado provisoriamente a um corpo de carne. E esse processo do nascimento até à morte do nosso corpo de carne, repete-se inúmeras vezes, até ser necessário, em mundos cada vez mais evoluídos, à medida que vamos progredindo. O pai de Susan pode ter comunicado mesmo com ela. O que chamamos de fantasmas ou espíritos não é mais do que a alma de uma pessoa, em estado desencarnado. Não tem nada de estranho. Não se trata de um fenómeno sobrenatural, mas de um fenómeno natural. Seria até blasfemar da infinita bondade de Deus admitir que Ele permitia  que criaturas inteligentes, conscientes da sua própria existência e da mortalidade do seu corpo, passassem uma vida de sofrimento, aqui na Terra, sem esperança de um futuro.       

   
O Dr Jeff Rodiger também parece ter passado por um processo de emancipação do espírito, para além de ter uma cicatriz no peito que não consegue explicar. Mais uma vez a reportagem confirma que João de Deus  não cobra nada pelo seu trabalho. Fala-se numa loja que vende coisas como um meio de suportar aquelas instalações a funcionar.

A Oprah Winfrey, essa sim, tem uma actividade bem lucrativa, sendo uma das mulheres mais ricas do mundo, contudo os conteúdos que produz são tidos como respeitáveis. E a conclusão dela é muito interessante: aquilo que consideramos ser nós mesmos, ou seja, o nosso corpo de carne, não passa de uma mascára que  esconde os maravilhosos seres que efectivamente somos.

Na verdade, não somos os donos do mundo, mas não estamos aqui abandonados, porque somos "filhos" do dono, Deus, a inteligência Suprema, Causa Primeira de todas as coisas, o Nosso Pai (como Jesus de Nazaré nos ensinou a nomear o Criador).

Que a divina luz do amor de Deus nos envolva a todos, fazendo-nos sentir o sabor da verdadeira felicidade.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Os ambientalistas e a barragem da Foz Tua

Acabei de ver nas noticias um protesto da QUERCUS, para acabar com a construção da barragem de Foz Tua. O mesmo tipo de projectos que cancelou, em 1995, a construção de barragens, que previam aproveitar os fundos europeus e que haviam sido projectadas durante os governos de Cavaco Silva (que é o plano energético ainda em vigor). Tudo isso por Foz Coa, nesse tempo. 

A energia que chega a nossas casas, que nos permite acender a luz, ligar o computador, ter frigorífico, etc., tem de vir de algum lado. A maior contribuição para as energias renováveis são as barragens. A energia solar e eólica, embora renováveis, economicamente ainda  não são viáveis, nem têm possibilidades de substituir as outras energias em quantidade. 

O nosso mix energético contém energia eléctrica importada que vem de centrais nucleares espanholas e dos poluentes e caros combustíveis fosseis, que podemos substituir, em parte, pela biomassa, que leva a limpar as nossas florestas (pois trata-se de energia captada dos restos das florestas). As centrais nucleares, como podem ver no Japão, não são suficientemente seguras, pois a natureza não limita a destruição aos níveis que o homem planeia.  Não construindo barragens é difícil por fim ao  nuclear.

Mas, mais do que contribuir para a redução das nossas importações e dos custos da energia eléctrica (infelizmente muito mais para beneficio mais da EDP do que dos portugueses), as barragens são fontes fantásticas de vida selvagem. A água é um elemento crucial na vida de toda a natureza, e por isso foi utilizada por Jesus para simbolizar também a vida espiritual, que é a vida por detrás da vida material. O mundo vegetal, as árvores, libertam oxigénio durante o dia, ajudam a criar condições para chover e para acabar com a desertificação.

As barragens são enormes reservas de água, que nos permitem enfrentar tempos de seca. A rega para as propriedades agricolas, que, sem água, têm de deixar de morrer cruelmente o gado de sede, como vemos nos telejornais em Verões mais duros. São progresso para regiões condenadas ao abandono. As potencialidades turisticas aumentam imenso com as barragens, pois a água é grande uma fonte de actividades de lazer.

Supomos que há uma ou outra espécie rara ameaçada pela barragem. Será que poluir menos o planeta não compensa isso? Para além de tudo o mais, a natureza tem uma grande capacidade de adaptação muito grande. A própria natureza submete as espécies animais e vegetais a grandes cheias. A barragem não é mais que uma grande cheia e enche progressivamente. A vida natural aumenta na região da barragem. Há que ser inteligente, sacrificando até eventualmente um pequenino mal ao progresso do conjunto: homens e restante natureza que vão beneficiar.      

Não sou ninguém, não quero ter razão, apenas alerto para que as pessoas não adiram a fantasias. Admiro a QUERCUS, que tem uma actividade meritória, mas, desta vez, está a servir interesses políticos e não a proteger verdadeiramente, de uma forma global, o ambiente e o bem estar dos portugueses. A defesa do ambiente tem de ser equacionada em todas as suas vertentes.

Este assunto toca-me bastante, para além disso sou engenheiro electrotécnico e sei minimamente do que falo, por força da minha profissão.

sábado, 26 de março de 2011

Cantiga de intervenção!

Refrão:

Zé Portuga, fez-se luz!
Agora vemos bem,
quem é que nos conduz.
Vota e vota bem, não te cales
Oh Zé, faz-lhes um manguito!

Manda passear a Europa,
Que te quer atormentar,
Eles que nos emprestem o guito,
Se a Europa querem salvar!

Incompetentes e mentirosos,
Suas más obras querem ocultar,
Os nossos lideres europeus!
E na enxurrada, o Portuga crucificar.

Querem enterrar a nossa Pátria,
Com altas taxas de juro apertar,
Para ajudar os pobres banqueiros!
E os verdadeiros pobres a pagar!

Gente de má fé, mole e incompetente,
Vão mas é para a rua, vão trabalhar!
Que em Portugal o Zé Portuga,
Já está farto de vos aturar!

Abre bem os olhos, Zé Portuga!
Não te deixes vigarizar,
Se não queres que o Sócrates,
Te continue a enterrar!

O sistema de ensino,
Está mais livre da opressão!
Não se esqueçam professores,
De quem lhe deu a mão!

Com noticias ameaçadoras,
Nos querem amedrontar.
O Zé Portuga de barbas brancas,
Não se deixa intimidar.

Geração à rasca, somos todos,
Já o mostrou o grande Bordalo!
É o pobre Zé Portuga!
Que lhes vai mostrar o badalo!

Nós queremos trabalhar,
com muita honestidade,
Sabemos que temos de alinhar,
Mas queremos saber a verdade!

É isto que é a democracia?
Oh meu Deus, que grande treta!
Isto é mas é uma grande hipocrisia,
Eles querem é todos teta!

Zé Portuga, vai votar em massa!
Em quem bem entenderes.
Mas amigo, não fiques em casa,
Para depois não te arrependeres.

O hino popular da liberdade,
Vamos cantar, bem sentido,
Todos juntos e solidários!
O Povo unido, jamais será vencido!

Vítor Santos
(Portugal)


terça-feira, 22 de março de 2011

Desencarnou hoje (22-03-2011) - um extraordinário e exemplar Espirito!

Desencarnou hoje um espírito
muito jovem, muito positivo.
Que exemplo, meu Deus!
Que ser generoso.
Que força da natureza!

Cada minuto da vida de Artur Agostinho
foi uma profunda lição para todos.
Pois é assim, doando que se recebe, e
que se faz a vontade do Criador.

Sem necessitar de falar em Deus,
na sobrevivência da alma,
em Jesus, em Siddhartha Gautama,
em Alá, em Maomé,
em sacerdotes ou profetas,
sem rituais, nem velas ou superstições,
o nosso grande comunicador,
de forma muito brilhante, mas humilde,
de forma profissional, mas generosa,
interpretou o seu papel principal,
de acordo com o guião divino,
que lhe foi impresso na consciência.

Por detrás daquele corpo gasto,
já com 90 anos de idade,
viveu uma boa e eterna alma, agora livre,

A homenagem mais alta e mais útil,
que se pode fazer a um homem assim,
É deixarmo-nos contagiar,
dentro das nossas possibilidades,
salvaguardadas as devidas distâncias,
por tão grande, integra e bela força de viver.

Se todos fossemos íntegros, determinados, trabalhadores, generosos e positivos, como ele, Portugal seria bem melhor do que é! Sejamos quem formos, usemos cada um de nós, sem excepção, o seu maravilhoso exemplo e atitude, e não tenhamos medo do futuro

Até qualquer dia amigo Artur

Nota:
- Não tivemos o gosto de o conhecer pessoalmente, mas ele esteve sempre presente em nossas casas. Era  da família de todos os portugueses. E a todos deixa, decerto, saudades.     

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Objectivos da mensagem de Jesus, interpretada segundo Allan Kardec

Olá

A cura dos males do corpo de carne cabe à medicina, cujos métodos, ou protocolos de tratamento, são ensinados pela generalidade das faculdades de medicina do mundo inteiro, ou com recurso a medicinas complementares, ditas alternativas, conforme os gostos e crenças de cada um.

As Associações Espíritas, são associações livres e autónomas, cada uma tendo a sua interpretação particular da doutrina espirita, mas não são, nem devem ser, do meu ponto de vista, locais destinados a curas físicas de qualquer espécie, o que não quer dizer que não hajam associações espíritas que possuam, hospitais, em que se pratica a medicina convencional. Em Portugal isso não é comum, que eu saiba, mas no Brasil, por exemplo, já é.

O próprio Jesus de Nazaré, de acordo com os relatos dos Evangelhos, aplicava a imposição das mãos para curar todo o tipo de maleitas, mas é muito claro que as curas serviam para motivar a atenção do povo e a fé. Não era a cura física o objectivo do nosso Mestre e Modelo. As curas de Jesus, de acordo com a crença espirita, não eram milagres, mas fenómenos naturais que Jesus, por via da sua extraordinária elevação espiritual. Jesus não é Deus, como muitos professam, mas, segundo a informação dos espíritos, que podemos ler na obra escrita de Kardec, foi o Espírito mais elevado que pisou a Terra. Contudo,  há muitos outros mestres espirituais, muito elevados, em missão aqui neste planeta.         

O passe magnético, que é usual ministrar às pessoas após as palestras, nas associações espíritas, corresponde a uma tradição, que tem a sua origem no facto de Allan Kardec acreditar no magnetismo animal, técnica de cura inventada por Mesmer, seu contemporâneo. Mesmer começou por usar magnetos (usualmente designados ímanes), convencido que curavam. Mais tarde verificou que, sem os magnetos, também era possível curar e dispensou-os, mas o método de cura continuou a chamar-se magnetismo. Na medicina convencional esta técnica não vingou, como sabemos.

Quando recebo o dito passe magnético, o que sinto é que fico num estado um pouco mais relaxado. E isso é bom, por isso não vejo inconvenientes. Mas não é uma cura.

No Oriente havia e ainda há uma maior crença nestas técnicas, por exemplo a acupunctura, o Reiki, etc. E foi do Oriente que nos chegou esse conhecimento milenar, embora alguns espíritas o atribuam a psicografias recebidas por médiuns no século XX.

De toda a informação que tenho lido, admito que existam algumas poucas pessoas com uma capacidade especial para curar e diagnosticar, sem meios de diagnóstico e instrumentos médicos,  com ou sem imposição das mãos sobre o doente. Mas como a cura  é algo que os seres humanos procuram avidamente, sobretudo aqueles que já perderam as esperanças na medicina convencional,  pode mover muito dinheiro. E isso faz do curandeirismo algo muito apetecível para os charlatães. Mesmo admitindo que  são pessoas sérias, não é fácil manter essa prática, pois quando a quantidade de pessoas que os consulta começa a aumentar, eles têm de recorrer a auxiliares, que se corrompem fácilmente, devido à pressão das pessoas para passar à  frente umas das outras.

Um dia, a ciência poderá explicar as curas especiais e os curadores. Por enquanto mantenho-me algo céptico em relação a isso. Nem me dou por convencido, nem nego a possibilidade.      

Então qual é a mensagem espiritual fundamental?
  • A vida é eterna (todos somos espíritos eternos, ligados privisóriamente a um corpo);
  • As encarnações do espírito que somos, são em grande número. Podem ser num mundo precário, como a Terra é actualmente (um autêntico purgatório), ou em mundos mais felizes;
  • Para alcançar os mundos mais felizes (os céus - para os católicos), é necessário que nos saibamos comportar lá, onde a fraternidade e o amor ao próximo impera. Onde as funções são distribuídas e exercidas por aqueles que têm mais capacidade para as realizar, de forma a salvaguardar o bem comum e a solidariedade (olhemos de forma rigorosa e honesta, sem o orgulho, que nos impede de nos auto-conhecermos, ou seja de reconhecermos as nossas próprias imperfeições, e fácilmente compreendemos que, nesses mundos mais perfeitos, seriamos um estorvo, ou seja, elementos de perturbação).
  • Todos partimos espíritos simples e ignorantes, com capacidades semelhantes de progredir e atingir uma felicidade, cada vez maior, até à absoluta felicidade dos Espíritos Puros. O tempo  que demoramos a alcançar esse estado, é a única variável que podemos controlar.
  • A lei do progresso é infalível. A velha canção, "Coimbra", cantada por Alberto Ribeiro, sobre a vida dos estudantes de Coimbra refere: "só passa quem souber", tal como no mundo espiritual só passa quem merecer. A reprovação, ou seja a continuação da encarnação em mundos infelizes, é o verdadeiro castigo, para aqueles de nós que já compreendem e sentem que existem mundos mais felizes.
  • Aqueles de nós que ainda se sentem satisfeitos perante a brutalidade, sentem-se felizes em planetas como a Terra. Mas a dureza da vida acabará por os vergar, aumentar a inteligência  e,  a  partir de determinado grau de inteligência, a sensibilidade moral, de tal modo, que, a seu tempo, inevitavelmente evoluiremos.                
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